segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Festa da Comunidade Volta do Senhor encerra o Ano Litúrgico




Chegando ao fim de mais um Ano Litúrgico,  a Comunidade Volta do Senhor (Estrada das Barreiras), celebrou a sua festa no domingo (26) - Solenidade de Cristo Rei.

 
Pe. Diego de Jesus - paróquia S. Francisco de Assis (Boca do Rio)



















Com Missa presidida pelo Vigário da paróquia S. Francisco de Assis, Pe. Diego de Jesus, a festa foi marcada pelo início do Ano Nacional do Laicato " Hoje estamos iniciando o Ano dedicado aos Leigos. Os Leigos são todos os batizados que não receberam o sacramento da ordem", pontuou.





















Encerrando o Ano Mariano, uma jovem representando Nossa Senhora Aparecida, conduziu a Palavra de Deus. 



 Na homilia, Pe. Diego enfatizou a importância da solenidade. " Olhando para o evangelho de hoje, o Rei cobra aquilo que Ele realizou em sua vida: 'Tive sede e destes-me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me', atitude que Ele teve em toda a sua missão", recordou.





















 Ele ainda destacou o serviço do Leigo na Igreja: " Ser cristão é ser um outro Cristo na vida do outro. E o Leigo tem essa missão de levar Jesus aonde os ministros ordenados não podem ir - na escola, no trabalho, aos vizinhos", ressaltou.



"Precisamos ser Palavra de Deus aos que estão perto de nós, aos que estão afastados e aos mais necessitados. Que o Senhor nos ajude a assumir o compromisso de cristão", concluiu.

















No fim da celebração, aconteceu uma apresentação sobre os diversos títulos de Nossa Senhora. Em seguida, a comunidade cantou os parabéns aos aniversariantes do dia e ao Coral que completou 21 anos.


Dadá Nascimento - coordenadora da Comunidade




















O Ano Nacional do Laicato que será celebrado até 25 de novembro de 2018 traz como tema “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e pelo lema “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14).



Confira o álbum completo da festa na página oficial da paróquia no facebook:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.807068526129786.1073742064.521630818006893&type=1&l=dc26c5fba0

Créditos: Pascom paroquial
Fotos: Daniel Alencar

Texto: Adjane Damasceno 

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Chá de Memórias reuniu mulheres para contar fatos e histórias sobre a Paróquia de São Gonçalo de Retiro

 

Sete. O número da perfeição foi também o número de participantes do encontro que rememorou bons momentos vividos no seio da Paróquia São Gonçalo do Retiro. Juntas, Irmã Inês, Irmã Jandira, Sônia, Valdete, Dadá, Hildete e Nazidi trouxeram para a roda de bate-papo fatos marcantes e históricos dos 51 anos de vida da Paróquia. 

 

 

Dadá - uma das antigas moradoras do bairro de S. Gonçalo do Retiro
































A situação da região de São Gonçalo foi o ponto de partida da conversa. Por aqui, água, saneamento básico e asfalto eram artigos luxos para quem viveu na região do Cabula por volta de 1960. “São Gonçalo só tinha os moradores. Era um povoado onde todo mundo se conhecia. Para pegar ônibus e fazer compras só era possível no Retiro”, pontuou Dadá. 

 
Ir. Jandira e Ir. Inês - Congregação das Irmãs Negras de Stº Agostinho

Segundo a coordenadora da Comunidade Volta do Senhor, foi só com a chegada das Irmãs Negras de Santo Agostinho que o bairro de São Gonçalo começou a progredir.

Além do São Gonçalo, o Cabula VI também era uma localidade bem difícil se viver. “No passado, só tinham sete linhas de ônibus no bairro”, destacou D. Valdete.

A vinda das Irmãs Negras

 
“No início foi tudo muito difícil, pois como não havia água encanada, tínhamos que buscar água da fonte. Nem fogão tínhamos, cozinhávamos na casa de uma vizinha”, relatou Ir. Inês.

Primeira Irmã Negra a vir para o Brasil, Ir. Inês chegou em solo brasileiro com o objetivo de formar comunidades. “Visitei várias cidades do Nordeste, até que em Olinda – PE, encontrei uma Comunidade de Irmãs e padres canadenses que realizaram um encontro com o povo a fim de escutá-lo, saber de suas necessidades, do seu clamor. Aí eu disse:  - É isso que eu quero. Então, vim para Salvador, para esta região de São Gonçalo, e comecei a fazer visitas começando com o povo que queria ser batizado”, relatou.


O seu trabalho fundamental foi formar comunidades de bases evangelizando primeiro os homens e o ponto de partida foi no bairro de Engomadeira. “Realizamos a primeira reunião em uma escola com a celebração da palavra e de lá nasceram os primeiros grupos bíblicos”, lembrou. Além de Ir. Inês, outra pioneira na congregação foi Irmã Luciana, que atuou durante 30 anos no bairro de T. Neves, organizando encontros, visitas e formações.

O Roubo

São Gonçalo de Amarante

Talvez nem todos paroquianos saibam, mas a festa litúrgica de São Gonçalo do Amarante é em janeiro, mas na Paróquia de São Gonçalo do Retiro os festejos em honra ao santo são em outubro. Essa alteração se deve por conta de um fato curioso.

Quando as Irmãs chegaram na Paróquia em 18 de outubro de 1966, a imagem do padroeiro tinha sido roubada. Anos depois a imagem foi encontrada no Jardim dos Carmelitas, recuperada e devolvida à Paróquia em outubro de 1968.  Na ocasião foi feita uma grande festa, com uma procissão saindo da entrada do bairro até a Igreja Matriz e com isso ficou acordada a nova data da festa paroquial.



A atuação feminina

 
Ao longo da construção da paróquia, a presença de muitas mulheres no processo de evangelização foi fundamental no âmbito eclesial e social, dentre elas D. Edna, grande missionária que casou um dia antes da posse das Irmãs Negras na Paróquia em 22 de outubro de 1966.

Outras mulheres receberam destaque pela força de enfrentar resistência de moradores do bairro de S. Gonçalo ao trabalho de evangelização: D. Elisa que já estava antes das Irmãs virem para a paróquia e era quem sustentava a fé de algumas mulheres, D. Laura, D. Valdelice, D. Zezinha, D. Valdira, D. Cândida, Maria Ramos, Maria Evangelista e D. Flor.


D. Hildete e D. Nazidi - antigas moradoras do bairro de T. Neves

No bairro de T. Neves, foram citadas D. Glorinha, D. Maria e D. Celestina, que deu uma resposta que ficou gravada na memória de Pe. Maurício quando ele perguntou - O que vocês esperam de mim? E ela disse - Que o senhor nos ensine a rezar!

 
Ir. Jandira

Segundo Ir. Jandira, antes de Ir. Luciana assumir a missão no bairro, quem realizava as atividades era uma holandesa que fazia um trabalho missionário e social. Outra grande mulher que merece destaque é a saudosa Ir. Lisbeth que neste setor realizou um grande trabalho social com os deficientes físicos.


D. Valdete - antiga moradora do Cabula VI

















D. Valdete destacou algumas mulheres que marcaram a história da paróquia no setor do Cabula VI: D. Conceição, D. Lourdes e muitas jovens como Edinice, Aldenice, Lourdinha, Rita Prates. “Eu me lembro que todo primeiro domingo, nos reuníamos para realizar adoração ao santíssimo, todos sentados na esteira, até tarde da noite. Hoje nós temos grandes frutos que colhemos destes momentos de oração, onde todos aqueles jovens que serviram com dedicação são felizes em sua vocação”, concluiu.


A força das comunidades 

 
Quem vê a Paróquia de São Gonçalo tão grande não imagina que o quão difícil já foi frequentar uma Igreja Católica por aqui... 

D. Hildete - uma das antigas moradoras do bairro de T. Neves relatou as dificuldades que sofreu quando chegou em 1972

D. Nazidi - uma das antigas animadoras da Comunidade S. João Batista - T. Neves 
lembrou-se de Pe. Agostinho ainda jovem, quando era Ministro do Batismo e realizou o 
batismo de sua filha.


















D. Hildete, uma das antigas moradoras do bairro de T. Neves, se perguntava quando iria começar a frequentar uma Igreja pela inexistência de comunidades na região. Com o progresso, surgiu a primeira Comunidade da localidade, hoje Matriz da Quase paróquia do Espírito Santo. “Alguns anos após Pe. Maurício ter construído a comunidade comecei a servir como catequista e Ministra da Eucaristia”, lembrou.

D. Valdete relatou os frutos do trabalho de evangelização no Cabula VI


No Cabula VI, a primeira Comunidade a ser formada foi a atual Paróquia da Ceia do Senhor. Por lá, o trabalho missionário foi feito aos poucos, mas gerou grandes resultados. “Nós realizamos muitos círculos bíblicos nas casas, algumas no meio do mato, sem luz. Não deixamos de evangelizar nenhuma casa mesmo com todas as dificuldades. E graças, a este trabalho, até hoje a Matriz é lotada”, contou D. Valdete.


Doações


Moradores na construção da Comunidade Ascensão do Senhor - Engomadeira

Ser católico já era uma realidade para todos e com isso a prática da solidariedade, do amor ao próximo eram manifestados com alegria. Diante desse cenário, a construção das primeiras comunidades teve o apoio e participação dos moradores e fiéis que se uniam em mutirão com doações de materiais e mão de obra para a edificação do templo. Outros ainda, doaram terrenos como aconteceu com a Comunidade Volta do Senhor.



Fatos

 

Diante de tantas memórias, alguns fatos foram destacados pelas mulheres presentes como:
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   - Campanha do filtro: através dos grupos bíblicos foi realizada a doação de filtros que eram sorteados. Ao todo, foram mais de cinco mil filtros doados. Além disso, era feito um trabalho de conscientização com palestras para tratar a água;



Pau-Brasil - “Parece uma árvore centenária, mas ela tem trinta e cinco anos. Tombada pelo patrimônio histórico tem muito valor para mim”, contou Ir. Inês.

- Inauguração da Nova Igreja Matriz em 1982 tendo como gesto simbólico o Pau-Brasil plantado por Ir. Inês;

   - A morte do Diácono Sérgio Fontes, assassinado em junho de 2007, no estacionamento do Hiper Bompreço Cabula;

Pe. Maurício Abel - paróquia Ceia do Senhor / Cabula VI


·  - A presença de Pe. Maurício Abel e sua importância na vida desta Paróquia. “Todos os dias rezo pela vida dele e chego a chorar porque Pe Maurício para mim é um santo”, frisou D. Valdete.

 
D. Sônia - coordenadora da Comunidade S. Tiago relembrou fatos marcantes
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    Em São Tiago, D. Sônia falou de maneira especial sobre a confissão de seu pai antes de sua partida para os braços do pai. “Lembro-me do jeito de se doar do Pe. Maurício. Mesmo cansado, chegou em minha casa às 23h. Deu a unção ao meu pai, depois reuniu toda a família para uma oração. Isto foi num sábado. No dia seguinte, meu pai faleceu. Foi um fato que ficou marcado para mim”, contou.

O pároco ao lado de Pe. Agostinho Manoel - o mais antigo vigário da paróquia

·   Padres que marcaram a história da paróquia: Pe. Camilo, que foi expulso do país pela ditadura militar; Pe. Caetano, Pe. Reginaldo Almeida, Pe. Orlando, Pe. Agostinho, Pe. Miguel, Pe. Álvaro.




Lembrancinhas do Chá de Memórias





















O Chá de Memórias foi uma realização da Pastoral da Comunicação Paroquial e contou com o apoio da Congregação das Irmãs Negras de Stº Agostinho - Casa da Paz. 

O evento aconteceu no dia 08 de outubro na área externa da Matriz em comemoração aos 51 anos da paróquia


























O registro fotográfico completo está disponível na Fanpage da Paróquia: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.798334927003146.1073742063.521630818006893&type=1&l=6cb71c7039

Créditos: Pascom paroquial 
Texto: Analú Ribeiro | Adjane Damasceno
Áudio: Adriana Santos
Fotos: Daniel Alencar | Manoel Eloy